Proshot é um novo conceito de protocolo para ESC’s criado pelo usuário do RCGroups “Ub3r”, que encodou o DShot com pulsos PWM. Em teoria deveriam haver alguns benefícios em usar o Proshot ao invés do DShot, mas se isso realmente traz mais diferenças positivas do que negativas, já é outra história.
Benefícios e Desvantagens
O Proshot é um protocolo que basicamente possui as mesmas funcionalidades do DShot (mesma resolução de acelerador, estrutura de frame, CRC, etc), mas com os seguintes benefícios:
Menor uso de CPU porque envia apenas 4 pulsos por sinal ao invés de 16
É mais fácil para as microcontroladoras lerem sem DMA, permitindo ao MCU trabalhar em um range mais amplo
Os pulsos mais largos permitem ao Proshot usar capacitor de filtro na linha de sinal para reduzir ruido
Permite taxa de atualização mais alta que o DShot graças à menor largura de sinal, mas o lado negativo é que você nõa pode aumentar muito sem ter que remover o capacitor de novo
Possíveis desvantagens e questões sobre o Proshot
Como mencionado, os pulsos PWM do ProShot são mais sensíveis a ruídos, isso pra não mencionar o maior número de estados dos pulsos. Mas como é possível usar capacitores de filtragem, talvez isso resolva;
Porém, Proshot pode não ser indicado para altas velocidades pois é sensível a ruídos e não podemos utilizar capacitores em taxas de atualização mais altas (o que bagunçaria o sinal, motivo pelo qual não podemos utilizar capacitores no DShot)
De qualquer foram, um protocolo de ESC mais rápido que o DShot traria um granho de performance perceptível? E a propósito, ainda tem espaço para tornar o DShot mais rápido (que o DShot 1200) se quisermos… (DShot3600 já foi testado pelo Felix do Flyduino) Então seria o Proshot necessário ou só perda de tempo?
Como o Proshot funciona?
O Proshot é uma generalização do DShot que encoda o sinal de 16 bits do DShot em 4 pulsos PWM, cada um contendo 4 bits de dados. Assim o pacote total acaba sendo menor e permite que seja transmitido a uma taxa maior.
Alguns dizem que porque ele usa pulsos PWM ele não é exatamente um sinal digital, mas um sinal analógico encodado em valores digitais.
O autor respondeu dizendo que uma vez que o sinal PWM tem um número finito de estados (16 estados para ser exato, representando um dígito hexadecimal), ele é tecnicamente um sinal digital similar ao DShot, que tem 2 estados em cada pulso. E calibração do ESC não seria necessária, exatamente com oo DShot.
No momento, o Prosht é apenas um conceito interessante para um novo protocolo de ESC, porém se será disponibilizado ou não depende basicamente dos desenvolvedores da BLHeli e da KISS (os maiores desenvolvedores de ESC’s). Mas isso é que eu gosto neste hobby, temos algumas pessoas muito talentosas que estão sempre tendo ideias inovadoras que são compartilhadas com a comunidade.
Vídeo do autor explicando a ideia por trás do Proshot:
O que você achou desta ideia?
Este artigo foi publicado originalmente no site Oscar Liang e foi traduzido para o português e republicado com autorização do autor.