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Análise DJI Mavic Mini
Published
5 anos agoon
Depois de algumas semanas com o Mavic Mini já me sinto mais a vontade para dar minhas opiniões, ou melhor, relatar minhas primeiras impressões sobre ele.
O drone
E vamos começar falando pelo design. A DJI sempre utilizou designs funcionais em seus drones, ou seja, cada canto do drone sempre teve um propósito, mas isso mudou com o Mavic mini já que o design dele basicamente simula um Mavic 2 padrão. E pra isso ele lança mão de um aspecto que antes era exclusividade dos “cloninhos chineses”. Na parte dianteira ele tem detalhes que simulam os sensores anti-colisão do Mavic 2, mas que na verdade são só decorativos. Não é algo que atrapalhe, muito pelo contrário, eu achei muito simpática a ideia de manter a mesma linha visual uma vez que ele utiliza o mesmo nome. Pior seria lançar outro drone completamente diferente e chamar de Mavic pra confundir a cabeça das pessoas, igual fizeram com o Mavic Air.
Sobre o material e a qualidade construtiva o que posso dizer depois do primeiro contato que tive é que a DJI mais uma vez fez o que sabe fazer de melhor e novamente inovou já que o Mavic Mini tem de fato uma estrutura muito leve mas não graças à ausência de itens de acabamento ou materiais frágeis mas sim à uma boa engenharia e utilização de materiais leves e resistentes. Impossível construir um drone de qualidade e leve de outra forma.
O Mavic Mini em voo
Quanto ao voo ele lembra em muito um drone maior, responde bem e tem comandos suaves. Voei em alguns dias com bastante vento e em momento algum ele transmitiu insegurança ou apresentou problemas como falta de potência ou desarmamento do gimbal. O gimbal aliás é um capítulo a parte. Ele realmente tem 3 eixos mecânicos e não 2 mecânicos e um terceiro digital como alguns achavam, e é com certeza um dos pontos altos desse Mavic. Pra falar bem a verdade tu só percebe que não é um drone maior quando olha pra cima e fica um pouco apreensivo com o tamanho. Tanto que se voar um pouco mais longe é realmente difícil localizar ele a olho nú, tão difícil quanto encontrar ele no céu depois de retornar de um passeio mais comprido. É mais fácil apertar logo o botão de return to home até localizar ele com base no som dos motores quando ele já estiver por perto.
DJI Fly
Falando agora sobre o aplicativo, assim como o Mavic Mini saiu do padrão com as baterias ele também sai do padrão com o aplicativo já que ele não usa o DJI GO e sim o DJI Fly, um aplicativo bem mais simples tanto em termos visuais quanto em termos de recursos.
A ideia da DJI ao separar os aplicativos foi muito bem vinda já que o DJI GO 4 é bem mais complexo e do ponto de vista do usuário faz muito mais sentido utilizar algo sob medida do que algo adaptado. De uma maneira geral ele manteve todos os recursos fundamentais como controles de câmera, menu de configurações, sistema de avisos, geofences e mapa de navegação. Em minha opinião pessoal ele poderia ter herdado o mesmo refinamento gráfico do DJI GO 4, pois esse visual mais simples remete um pouco àqueles aplicativos dos tais dronezinhos chineses que falei antes, impressão que obviamente acaba logo que tu começa a utilizar e percebe que tudo funciona como deveria dentro do padrão DJI.
Agora um recurso que eu senti falta, não por ser um grande adepto mas por entender que atualmente as pessoas gostam de compartilhar seus momentos, foi a transmissão ao vivo para redes sociais. E isso é algo curioso mas que talvez seja incluído em atualizações futuras, uma vez que não faz sentido remover essa feature de um drone que tem foco totalmente recreativo.
E fechando essa parte do aplicativo, alguns usuários relataram que a versão Android só funciona em celulares Android 64. Eu sinceramente não corri atrás de mais detalhes sobre isso mas fica aí a dica e se alguém tiver mais detalhes pode compartilhar aí nos comentários.
Rádio do Mavic Mini
Quanto ao rádio que acompanha ele nenhuma novidade. Conforme eu já havia dito em outros vídeos é o mesmo formato já adotado pelos outros drones da linha Mavic e Spark, na versão sem o LCD e com algumas outras diferenças. A primeira delas é que na parte de cima tem apenas a roda de controle do gimbal, de modo que o ajuste de ganho precisa ser feito através do aplicativo.
Outra ausência que fica bem evidente é a do botão pra acionar o modo sport, outro recurso acessível apenas pela tela do aplicativo. E por último ele também não tem os botões C1 e C2 na parte traseira. E confesso que quando eu reparei nesses detalhes pensei em criticar bastante e chamar de economia boba mas depois de voar ele por algum tempo sou obrigado a confessar que já me pergunto se faz sentido um botão físico só pra acionar um modo de vôo. Já a rodinha pra ajustar o ganho da câmera, essa sim eu senti falta.
Problema maior vai sentir quem por algum motivo costuma fazer vôos sem usar o rádio, já que não vai conseguir acessar alguns recursos, sem contar que os botões físicos pra tirar foto e filmar não emitem sons muito convincentes e tu fica na dúvida se realmente funcionou. O botão de filmagem aliás emite o mesmo som tanto pra iniciar quanto pra finalizar a gravação então tu nunca tem certeza se iniciou a gravação mesmo ou se tu de fato tá encerrando… ou iniciando de fato se da outra vez não iniciou por algum problema. Enfim, bastaria um barulhinho diferente pra resolver.
Câmera do Mavic Mini
Sobre a câmera, não tem muito o que dizer. Ela oferece as opções de Full HD o que na minha opinião é mais do que suficiente uma vez que muitos dos que fazem questão de 4K acabam desconsiderando a dificuldade que é manusear os arquivos resultantes que ficam grandes demais tanto pra edição quanto pra upload. Já a taxa de bits de 40Mbps que preocupava alguns se mostrou bastante adequada como pode se ver nas fotos.
A preocupação se devia ao fato de drones como o Mavic Air oferecerem taxas de gravação de até 100Mbps, mas o fato é que ele grava em 4K e portanto precisa de uma taxa mais elevada. Mas não se esqueçam que a própria linha Phantom anterior ao 4 PRO utilizava 60Mbps pra gravar em 4K e ninguém achava ruim, então quanto a isso tá de boa. Problema maior é a ausência de fotos em DNG, recurso que certamente garantiria algumas vendas a mais pro Mavic Mini.
Bateria do Mavic Mini
Sobre as baterias, o Mavic Mini é o primeiro drone da DJI a utilizar baterias de íons de lítio , que possuem uma densidade energética maior, ao invés das tradicionais baterias de lítio polímero, as famosas lipos. Alguns sites já desmontaram packs e mostraram que são utilizadas 2 células Panasonic 25R com capacidade de descarga contínua de até 20A. Pra garantir a leveza, elas não possuem indicadores de carga, função que foi transferida para o carregador que acompanha a versão Fly More.
Aliás ainda sobre as baterias, alguns inscritos perguntaram e eu não soube informar se a exemplo do que ocorre com as baterias dos demais modelos da marcas, elas entram em storage mode depois de alguns dias sem uso. Afinal, assim como ocorre com baterias de lipo, as de íons de lítio devem ser armazenadas a cerca de 40% da capacidade para evitar deterioração. Isso se forem ficar sem ser usadas por mais do que 1 ou 2 semanas.
No geral estou gostando muito dele e cada dia mais me acostumando com a ideia de que não é preciso um drone maior do que isso para as necessidades da maioria dos pilotos de final de semana.
Valney
08/12/2019 at 09:12
Bom dia! Gostaria de comprar um drone estilo esse mavic mini.
Quanto ele custa em média? Tem algum concorrente da dji que tenha um que valha o custo /benefício? Aqui em Fortaleza, onde posso comprar?
Obrigado pela atenção