Aeromodelos

ZOHD Talon GT Rebel

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Este é o review do ZOHD Talon GT Rebel, que você encontra à venda na Banggood através deste link aqui.

A prática do aeromodelismo como todos sabem não é algo novo, muito pelo contrário, quem assistiu ao meu especial de final de nao de 2018, sabe que o primeiro aeromodelo voou em 1871 e se chamava planophore e que a partir de 1898 Nicola Telsa adicionou o rádio controle à equação, iniciando uma febre que mais de 100 anos depois ainda permanece e ganha força como se não houvesse amanhã.

Quem não assistiu ao vídeo inclusive eu recomendo clicar aqui e assistir já que cultura pop nunca é demais e modéstia à parte a história ficou bem divertida.

Mas este artigo aqui não é sobre a história dos drones embora essa introdução não esteja aí por nada. Calma que este é um review do ZOHD Talon GT, eu já vou chegar nele. Eu só preciso desse contexto pra que se entenda a diferença dele para outras opções disponíveis no mercado.

E voltando ao assunto, a evolução do aeromodelismo levou até a um ponto onde ele se tornou um esporte bastante caro e elitizado, praticado em aeroclubes afastados da civilização onde os praticantes exibiam e usufruiam de seus equipamentos que ao contrário de hoje em dia não tinham absolutamente nada de descartáveis. E de fato, dependendo do aeromodelo uma lenha era quase digna de nota na página de óbitos do jornal local e a compra de um sucessor podia muito bem resultar no cancelamento das férias de verão da familia. As coisas eram feitas pra durar e quando não duravam as vezes dava até divórcio.

Aeromodelismo tradicional

Depois com o surgimento dos aeromodelos elétricos que passaram a voar nas praças e a divulgar muito mais o hobby foi natural que os preços começassem a cair, sobretudo em lojas da China, que começaram a aumentar a oferta de aeromodelos e mais recentemente de drones, de uma forma absolutamente alucinante, o que tornou a prática mais acessível para um público cada vez maior mas também inaugurou a era dos aeromodelos baratos e descartáveis. Passou a ser mais interessante voar um aeromodelo barato que quando quebrasse podia ser substituído por outro, do que investir em um modelo melhor e mais resistente.

Aeromodelismo elétrico

Eu não tô julgando ninguém, eu próprio tenho meus descartáveis e meus xodós, então os novos tempos agradam tanto quem curte um modelinho barato casual quanto quem cultiva uma relação afetiva mais forte com seus aeromodelos.

E é aqui que começa o review do ZOHD Talon, que com certeza faz parte do segundo grupo, fato justificado tanto pela qualidade construtiva, materiais utilizados e soluções adotadas quanto pelo seu preço.

Mas afinal de contas quem precisa de um Talon GT? Bom, ele com certeza não é um aeromodelo acrobático, muito menos um treinador. Ele é um avião rápido projetado para ter reações previsíveis, carregar muita carga e principalmente ser muito prático na hora de montar e desmontar.

Isso significa que ele pode ser utilizado para quem busca algo com essas características mas acima de tudo ele é uma excelente plataforma para FPV, sobretudo para quem quer voar por muito tempo e muito longe, com o máximo de segurança possível.

Para quem não conhece a ZOHD é uma marca especializada em aeromodelos para FPV tendo em seu portfólio outros modelos como a Dart, o Nano Talon, a Orbit e a Dart XL que além do jeitão meio parecido compartilham um detalhe interessante que é a possibilidade de serem montados e desmontados sem a necessidade de conectar ou desconectar fios e nem do uso de ferramentas. É tudo encaixado.

E dentro dessa gama de produtos o Talon GT é o mais novo lançamento e é capaz de competir tanto em velocidade quanto em alcance com aeromodelos muito maiores e muito mais caros. E é por isso que apesar de poder ser considerado um aeromodelo caro ainda assim ele faz muito sentido.

Apesar de parecer grande o ZOHD Talon GT tem apenas 1 metro de envergadura e apesar de voar muito bem em modo manual foi especialmente desenvolvido para ser usado em conjunto com uma controladora, dispondo de local apropriado para instalação da placa e da antena de GPS.

Já na dianteira ficam a espera para a câmera FPV e para a câmera HD, caso você pretenda utilizar alguma, e no pacote vem uma série de adaptadores que permitem acomodar diversos modelos de câmeras bem populares como GoPro, GoPro Session e Runcam 3S. Após definir a configuração de câmeas é possível aplicar o acabamento, um adesivo que acompanha ele e que permite tapar os buracos que não forem utilizados. No meu caso, como estou utilizando uma Caddx Turtle, somente o espaço dela ficou à mostra.

Ainda olhando a frente dele, é possível ver na parte inferior a grande grade para entrada do ar necessário para o resfriamento dos componentes internos, e claro que para o ar circular é preciso também haver uma saída para ele, que no caso do Talon GT fica na parte inferior traseira, um pouco mais à frente de outra entrada de ar que serve exclusivamente para resfriar o ESC e facilitar o fluxo de ar para o motor.

Falando um pouco sobre o motor, trata-se de um 2216 de 1300KV que gira uma hélice 9×5 e produz empuxo de sobra para empurrar ele. Aliás cabe citar que essa sobra de potência é bastante útil na hora da decolagem, já que não é preciso arremessar com muita força. Ele ganha velocidade rápido o suficiente por conta própria.

Se você está gostando do ZOHD Talon GT Rebel, ele está à venda na Banggood através deste link aqui.

Sobre os servos utilizados, novamente a qualidade fica evidente já que são utilizados servos de 9G MK II com engrenagens de metal, fortes o suficiente para manter as superfícies de comando firmes mesmo em ventos fortes e também para suportar pancadas durante os pousos. Apesar de contar com uma boa proteção a linkagem e o horn ficam expostos.

E fechando a visão geral sobre a eletrônica básica, o ESC que acompanha ele suporta até 40A, possui um BEC de 5V e 3A e é capaz de lidar com baterias de até 4S, ou seja, 16,8V.

Mas se tem um terreno em que o ZOHD Talon GT dá um banho nos concorrentes é na praticidade, e aqui a gente tá falando tanto sobre o espaço interno e o acesso a ele quanto na facilidade de montagem e desmontagem.

Vou falar primeiro sobre o espaço interno. Ele é dividido em 3 partes bem distintas, todas equipadas com uma tampa de acesso exclusiva, o que no dia a dia é muito pratico. Simplesmente não existem locais de difícil acesso. Um detalhe interessante são as duas longarinas que reforçam a fuselagem longitudinalmente. Quem já voou a ZOHD Dart XL e fez alguns pousos mais duros sabe a diferença que ela faz.

A parte dianteira é dedicada às câmeras e à bateria, dispondo de espaço para uma grande variedade de opções como 4S de 4500, 5000, 8000 ou até mesmo 2 de 5000 dependendo de como ele for montado. Como o espaço é grande, o CG é facilmente encontrado deslizando-se a bateria pra frente e pra trás, e aliás é interessante citar que as marcas do CG são bem demarcadas na parte inferior das asas, facilitando bastante a vida do piloto que utiliza baterias de vários tamanhos diferentes, como é o meu caso.

A parte central dá acesso à controladora e também aos parafusos que mantém as asas no lugar. Sobre esses parafusos é interessante dizer que apesar de contarem com uma fenda, são feitos para serem manipulados com os dedos mesmo. Tanto as asas quanto a fuselagem contam com conectores que tornam ainda mais fácil o monta-desmonta, dispondo inclusive de pinos extras caso você opte por instalar o VTX e o receptor nas asas, algo muito comum nesse tipo de aeronave.

Já o espaço é mais do que suficiente para abrigar até mesmo controladoras grandes, sendo possível inclusive, com alguma engenharia é claro, adaptar esta área para abrigar uma câmera e utilizar ele como plataforma de aerolevantamento. Ou pra jogar bala pras crianças na festa de final de ano do clube de modelismo, enfim. Espaço tem.

E finalmente a parte traseira dá acesso ao ESC e ao motor, sendo que e a tampa abriga também o grupo de cauda e também conta com conectores para ligar os servos à fuselagem de forma transparente. A cauda aliás, como é possível ver, utiliza uma configuração V-tail que além de reduzir de 3 para apenas 2 superfícies ainda aumenta a distância delas do solo, algo bastante desejável em um aeromodelo desenvolvido para pousar de barriga. Sobre esse assunto aliás, cabe um breve parênteses, já que o belo e resistente casco contrasta com as frágeis quilhas inferiores que auxiliam na estabilidade mas que vão acabar quebrando cedo ou tarde, motivo pelo qual o kit vem com duas unidades. A minha já quebrou no segundo pouso, mas já colei e não precisei substituir.

Como último comentário, vale citar que a ZOHD utiliza um material novo chamado BEPP, que nada mais é que um EPP biodegradável, de modo que se você não esperar o GPS fixar o home point e ele se perder durante o vôo, vai acabar desaparecendo com o tempo ao invés de poluir ainda mais o mundo.

Se você gostou do ZOHD Talon GT Rebel, ele está à venda na Banggood através deste link aqui.

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